PREFEITURA
DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO
SECRETARIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DIRETORA
REGIONAL DO JAÇANA/ TREMEMBÉ
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
PARQUE CASA DE PEDRA
PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
2017
“A
tarefa do educador moderno não é podar as selvas, mas sim regar os desertos.” (C.
S. LEWIS)
|
SUMÁRIO
(COM BASE NA LEITURA E DISCUSSÃO DOS PADRÕES BÁSICOS DE
QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL PAULISTANA)15
|
|
a)
IDENTIFICAÇÃO
E LOCALIZAÇÃO:
DIRETORIA
REGIONAL DE EDUCAÇÃO JAÇANÃ/TREMEMBÉ
CEI PARQUE
CASA DE PEDRA
ENDEREÇO:
Rua Canto do Engenho, 288
BAIRRO –
PARQUE CASA DE PEDRA
CEP. 02322
– 210
DRE.
JACANÃ/TREMEMBÉ
TELEFONE
(11) 2204 1092/ 2953 3650
E.H.
16.10.69.125.000000
NIVEL DE
ENSINO: Educação Infantil
Dados
institucionais:
INÍCIO DE
ATIVIDADE: 01/07/1981
b) HISTÓRICO:
A
creche, como era chamada no início da sua criação na cidade de São Paulo, foi
inaugurada em 1981 e atendia crianças de 4 meses a 6 anos e 11 meses. Era bem
menor em relação a espaço físico e funcionários. Em 1990 recebeu a primeira
reforma e foram ampliados os seus espaços (salas e refeitório). A instituição
tinha a finalidade principal em atender as crianças das mães trabalhadoras e
menos favorecidas, para isso, era feita uma triagem, com visitas às casas das
famílias a fim de verificar esta necessidade de cuidados e oferecer a vaga.
A proposta
era principalmente de cuidados assistencialistas às crianças (banho,
alimentação, sono), não havia material pedagógico disponível e muitos
professores acabavam comprando matérias do próprio salário. Todo tipo de
trabalho era feito por todos os funcionários da instituição, inclusive pelos
professores, que faziam limpeza, alimentação, lavagem de fraldas de panos e
faxinas nas “Reuniões de Grupo”, o que chamamos hoje de Reuniões Pedagógicas.
Em 2003,
houve a transferência das creches conveniadas da Secretaria Assistência Social-
SAS, para a Secretaria Municipal de Educação- SME e ofereceu formação aos
profissionais que trabalhavam com as crianças e bebês (ADI- Magistério) e em
2004, estes passaram a deter o cargo de Professores de Educação Infantil.
(Relato das Professoras Marine e Iracema).
II- ESTUDO
DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE ATENDIDA E DO TERITÓRIO ONDE A UNIDADE EDUCACINAL
ESTÁ INSERIDA.
a)
PERFIL SÓCIO
CULTURAL DAS CRIANÇAS MATRICULADAS NA U.E. E DAS RESPECTIVAS FAMÍLIAS.
A partir
de questionário próprio entregue às famílias dos alunos, gráficos anexados no
final deste documento, permitem a visualização da realidade social e cultural
de nossas crianças:
CEI PARQUE CASA DE PEDRA
QUESTIONÁRIO – LEVANTAMENTO DE
DADOS/COMUNIDADE ESCOLAR - 2017
Senhores
Pais/Responsáveis,
O CEI
Parque Casa de Pedra necessita conhecer melhor a sua comunidade, por isso
estamos propondo este questionário para conhecer as suas necessidades, seus
costumes, hábitos de cultura, etc. ,tendo como propósito a elaboração de
projetos que possam auxiliá-los na educação e desenvolvimento das crianças. As
informações serão sigilosas: não serão divulgadas para nenhuma outra
instituição e não serão usadas para nenhum outro fim. Desde já agradecemos sua
valiosa colaboração!
ALUNO:________________________________________________________SALA:___
A) O
que significa CEI para você e sua família?
(
) Um lugar seguro para deixar meus
filhos
(
) A primeira escola que educa e
cuida de seu filho
(
) Creche com várias mulheres para
cuidar das crianças
(
) Outro. Qual?________________________________________________
B)
Você está satisfeito com o horário de atendimento desta unidade?
(
)Sim ( )Não
Sugestões
de horário para 2018:_______________________________________
FAMÍLIA
1) A criança mora com: os
pais( ) seus avós( ) só com a mãe( )
só com
o pai( )
tias( ) outros parentes( )
2) Os
pais da criança são: casados( ) separados
( ) vivem
juntos ( )
3)
Quantos filhos tem o casal? ___________________________________________
4)
Quais as idades dos filhos?___________________________________________
5) Pai
ou a mãe tem filhos de outros relacionamentos:
só o
pai tem( )
só a mãe tem( ) o pai e a mãe( ) nenhum dos dois( )
6)
Quantas pessoas vivem em sua casa, inclusive você? ____________________
7)
Qual é a religião que predomina na residência? __________________________
HABITAÇÃO E ARREDORES
8)-
Vocês residem em casa:
( ) própria ( ) Alugada ( ) Cedida
Se
própria, o terreno foi:
( ) comprado ( ) cedido ( ) outros
9)-
Qual o número de cômodos? (Coloque a quantidade dentro dos parênteses):
Quartos (
) Cozinha (
) Sala( ) Banheiro( ) Copa( )
Garagem( )
10)- Sua
casa possui?
Água
encanada ( ) Sim ( ) Não
Esgoto ( ) Sim ( ) Não
Luz
Elétrica ( ) Sim ( ) Não
11)-Seu
bairro possui?
( ) Creche ( ) Mercado/Padaria
( ) Posto de saúde (
) Área de lazer
( ) Transporte público ( ) Lojas
CULTURA E LAZER
12)-
Os pais têm hábito de ler?
( ) Sim ( ) Não
Se
sim, qual tipo de leitura?
( ) Livros ( ) Revistas ( ) Jornais ( ) Gibis
Com
que frequência?
( )Diariamente ( )Semanalmente (
)De vez em quando
13)-
Costumam ler histórias para seu(s) filho(s)?
( )
Sim ( ) Não
14)-
Costumam contar histórias para seu(s) filho(s) mesmo sem livros?
( ) Sim ( ) Não
15)
Costumam brincar com os filhos?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, que tipo de brincadeiras?
___________________________
16)-
Pais e filhos tem acesso ao uso de computador?
( ) Sim ( ) Não
Se
sim, onde?
( ) em casa ( ) em Lan House (
) em serviço ( ) em TeleCentros
( ) em casa de amigos e/ou parentes
17)-
Costuma sair com a família nos finais de semana?
( ) Sim ( ) Não
Se
sim, quais locais costumam freqüentar?
Praças( ) Teatros( ) Parques( ) Supermercados ( )
Shopping( ) Templos
religiosos (igrejas, salões, etc( )
Cinemas( ) Casa
de amigos/parentes( )
18)- O
que o pai ou a mãe costumam fazer nos momentos de folga?
( ) Ler ( ) Praticar esportes ( ) Dançar (
) Dormir
( ) Visitar parentes/amigos (
) Sair com a família
( ) Outros
O que?
____________________________
19)-
Costuma viajar com a família?
Sim (
) Não (
) Às vezes (
)
Se sim,
com qual meio de transporte?
Carro (
) Ônibus ( ) Avião ( )
Com
qual frequência?
( ) uma vez por ano ( ) mais de uma vez por
ano (
) nos finais de semana
( )raramente
PERFIL SÓCIO-CULTURAL-FINANCEIRO
20)
Qual o grau de escolaridade do pai?
( ) Primário/ Fundamental 1 ( ) Completo ( ) Incompleto
( ) Ginásio/Fundamental 2 ( ) Completo ( ) Incompleto
( ) Colegial/Ensino Médio Normal (
) Completo ( ) Incompleto
( ) Colegial/Ensino Médio Técnico (
) Completo ( ) Incompleto
Se
técnico, qual? __________________________________________________________
( )
Faculdade/Ensino Superior ( ) Completo ( ) Incompleto
Qual
a graduação (Curso)? ____________________________________
21)
Qual o grau de escolaridade da mãe?
( ) Primário/ Fundamental 1 ( )
Completo ( ) Incompleto
( ) Ginásio/Fundamental 2 ( )
Completo ( ) Incompleto
( ) Colegial/Ensino Médio Normal (
) Completo ( ) Incompleto
( ) Colegial/Ensino Médio Técnico (
) Completo ( ) Incompleto
Se
técnico, qual? ________________________________________________________
( ) Faculdade/Ensino Superior (
) Completo ( ) Incompleto
Qual a
graduação (Curso)?
_______________________________________________
22)
Qual a profissão do pai? _______________________________________________
Está
empregado atualmente? ( )
Sim ( ) Não
23)
Qual a profissão da mãe? __________________________________________
Está
empregada atualmente? ( )
Sim ( ) Não
24) Qual
a renda aproximada da família?
Menos
de R$ 1.000,00 ( )
Entre R$ 1.000,00 e R$ 1.500,00 (
)
Entre R$ 1.500,00 e R$ 2.000,00 (
)
Mais
de R$ 2.000,00 ( )
b) O MAPEAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE,
ESPORTE, LAZER E CULTURA DA REGIÃO ONDE ESTÁ INSERIDA A U.E., NA PERSPECTIVA DE
ARTICULAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL.
A escola está inserida no bairro Jardim
Joamar, em frente ao AMA e UBS Jardim Joamar, na qual regularmente estas
instalações de saúde fazem um trabalho de parceria junto ao CEI, com palestras
de temas variados às famílias, vacinação, tratamento e material odontológico
gratuitos. Outras instalações de saúde são o Hospital São Luis Gonzaga e
Hospital São Paulo, mas a maior parte da nossa clientela é atendida na UBS
Jardim Joamar.
O bairro não dispõe de muitas áreas de
lazer, ficando restrito ao CEU Jaçanã e praça com aparelhos de ginástica. Por
acesso com meio de transporte, temos os Shoppings Center Norte, Shopping Tucuruvi,
Shopping Santana Park, Shopping D, os Clubes Jardim São Paulo e Guapira, Teatro
Jardim São Paulo, Horto Florestal, SESC Santana, Clube dos Japoneses, Parque da
Juventude, Zoológico de Guarulhos, Museu da Penitenciária e Núcleo Pedra
Grande.
III. CONCEPÇÃO DE CRIANÇA, INFÂNCIA E DE
EDUCAÇÃO INFANTIL, DE ACORDO COM AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS.
Primeira etapa da educação básica,
oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços
institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais
públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no
período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por
órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. Segundo
as Diretrizes, é obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que
completam 4 ou 5 anos até o dia 31 de março do ano que ocorrer a matrícula. A
jornada pode ser em tempo parcial, de no mínimo quatro horas diárias e em tempo
integral, com duração igual ou superior a sete horas diárias, compreendendo o
tempo total que a criança permanece na Instituição.
Desta forma, entendemos assim que:
Foi a partir da Idade
Moderna que as crianças passaram a ser vistas como um ser social, assumindo um
papel central nas relações familiares e na sociedade, tornando-se um de
respeito, com características e necessidades próprias. É durante o processo de
aquisição do conhecimento ela deve ser vista como um ser pleno, cabendo a ação
pedagógica reconhecer suas diferenças e construir sua identidade pessoal. Para
isso, é preciso pensar em formas lúdicas e criativas que possam estimular a
criatividade e a imaginação da criança.
É através do lúdico que
podemos fazer isso, pois é através da brincadeira que a criança passa a
conhecer a si mesma e o mundo que faz parte. Brincar caracteriza a educação
infantil, afinal é brincando que a criança conhece a si e ao mundo. O brinquedo
ajuda na assimilação das regras de convivência e de comportamento.
O desenvolvimento e o
processo de aprendizagem estão ligados ao meio social em que a criança vive e
tem acesso aos materiais culturais. E é na escola que ela que ela vivenciará
trocas de experiências e aprendizagem ricas em afetividade e descobertas.
Nosso CEI recebe bebês e crianças
pequenas de 1 (zero) a 4 (quatro) anos completos no final do ano e constitui-se
em local coletivo privilegiado para a vivência das infâncias. O termo
“privilegiado” é utilizado, por ser um espaço pensado com e para todos os
atores sociais de pouca idade: bebês e crianças, meninos e meninas, pobres e
ricos(as), negros(as), brancos(as) e indígenas, brasileiros(as) e
estrangeiros(as), paulistanos(as) e migrantes,
sejam eles(as) deficientes, com
distúrbios globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação ou não. Consideramos
de suma importância compreender o contexto sociocultural das infâncias e suas
especificidades na sociedade contemporânea, para constituir práticas educativas
autorais e adequadas às necessidades e interesses das crianças e suas famílias.
Isso somente se efetiva na aproximação das relações com as famílias e
comunidade por meio do diálogo e respeito mútuo entre os espaços educativos e a
rede de relações em que as crianças estão inseridas.
IV.
FINALIDADE E OBJETIVOS
Nosso trabalho é pautado:
Ø no respeito aos diretos dos bebês e
crianças e nos princípios da observância das características e singularidades
da região que atendemos, na perspectiva dos sujeitos e culturas, partir das variáveis
relacionadas à classe social, etnia, raça, religião, condição socioeconômica e
gênero, a relação indissociável entre proposta pedagógica e o espaço físico;
Ø A relação indissociável entre proposta
pedagógica e espaço físico, entendendo o espaço como elemento que concretiza a
pedagogia da Infância à medida que, cotidianamente, vai se construindo
diferentes ambientes que considerem todas as dimensões humanas potencializadas
nas crianças;
Ø A atuação intencional das educadoras e
dos educadores na constituição dos ambientes, na organização dos tempos e na
seleção e organização dos brinquedos, materiais e objetos permite que as
relações e as interações entre adultos, bebês e crianças sejam promotoras do
desenvolvimento de autonomia e de aprendizagens. (Padrões Básicos de Qualidade na Educação
Infantil Paulistana);
Ø No desafio da parceria entre
Educadores/ Educadoras- Famílias / Comunidade, considerando as diferenças
culturais, especificidades, limites e possibilidades, em espaços produtores de
diálogo, a fim de fortalecer os vínculos que serão construídos ao longo da sua
permanência no CEI;
Ø O desafio da interação e do diálogo e
transparência entre as equipes: gestora, docente e de apoio, pois sabemos que é
imprescindível para um trabalho coletivo e coerente, valorizando lhes cada um
em suas especificidades e proporcionado as condições necessárias ao
desenvolvimento de seu trabalho com segurança, recursos necessários e apoio aos
seus pares.
Neste sentido, nossos objetivos são:
Ø Assegurar uma infância feliz, de
liberdade e saudável como tempo de vida e o respeito às diferentes maneiras de
viver este período e as necessidades e ritmos individuais;
Ø Garantir a educação em sua
integralidade, entendendo o cuidado como indissociável do processo educativo;
Ø Oferecer brincadeiras e Interações
(crianças, adultos, ambientes e materiais) ocupando a maior parte do tempo em
que permanecem na Unidade;
Ø Propiciar participação, escolha,
decisão, recolhimento, individualidade, descanso, momentos para experiências
coletivas e em pequenos grupos;
Ø Planejar espaços alegres, acolhedores
e coloridos que instiguem as crianças a desenvolverem a sensibilidade estética;
Ø Contemplar a participação cotidiana
dos bebês e crianças no planejamento dos diferentes tempos na Unidade;
Ø Respeitar a diversidade étnico-racial,
de gênero e sexualidade, socioeconômica, religiosa, linguística e cultural;
Ø Problematizar o cotidiano das crianças
e bebês para o convívio com adultos sensíveis e disponíveis às culturas
infantis;
Ø Reconhecer, valorizar, respeitar a
interação das crianças com as histórias e as culturas africanas,
afro-brasileiras, bem como o combate ao racismo e à discriminação;
Ø Possibilitar a utilização de
gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas e outros recursos
tecnológicos e midiáticos
Ø Inteirar e integrar, as famílias não
só nós momentos deliberativos, pontuais, mas sim, no acompanhamento partilhado do
desenvolvimento da criança;
Ø Atender a todos os funcionários do CEI
de forma transparente, democrática e compartilhada, na tentativa de afinar a
diversidade de olhares existente entre gestão e educadores.
“A
missão que corresponde ao educador é permitir que a criança desenvolva sua
própria forma de ser e inclusive incentivá-la a ter o costume de agir por
iniciativa própria.”
ROMANO
GUARDINI, Las etapas de la vida:
Su
importância para la ética y la pedagogía
V. PLANO DE
GESTÃO E ORGANIZAÇÃO, INDICANDO AS AÇOES QUE GARANTIRÃO AS CONDIÇÕES PARA O
ATENDIMENTO DE QUALIDADE À COMUNIDADE EDUCACIONAL E A EFETIVAÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA,
DE ACORDO COM A LEGISLAÇAO VIGENTE.
·
Efetivar um registro que expresse as intenções pedagógicas nas
vivências propostas, com base na escuta efetiva das crianças e dos bebês,
explicitando as aquisições e conquistas das crianças e dos bebês, individualmente
e coletivamente, por meio diferentes formas de registros;
·
Estabelecer uma rotina de trabalho para que a criança e o bebê
tenham suas necessidades e interesses atendidos prioritariamente, independente
de “responsabilidades”;
·
Aquisição de materiais que tenham relação direta com os
resultados pedagógicos da escola
mediante consulta previa dos educadores;
·
Sistematizar os dados existentes na Unidade, bem como coletar
dados faltantes, para que possam efetivamente compor o Projeto Pedagógico da
Unidade;
·
Efetivar uma equipe gestora que atenda, amplamente e com
qualidade, as demandas apresentadas pela comunidade escolar, a fim de garantir
atendimento, informação, acolhimento e recursos necessários, na busca por
consolidação da equipe escolar e procedimentos que levem sempre, em primeiro
lugar o bem estar e atendimento à criança;
·
Reestruturar as formas de comunicação à comunidade a fim de
garantir efetivamente o contato com a informação desejada seja por bilhete,
blog, e-mail ou por telefone, como também estreitar a relação escola-família;
·
Oportunizar momentos de diálogos entre os segmentos da Unidade
Escolar, bem como a comunidade.
·
Administrar as variáveis que poderão interferir na execução do
plano, garantindo o atendimento da criança e do bebê com sucesso e qualidade;
·
Acordos
e parcerias de cooperação técnica: podem ser firmados com outras escolas da
rede ou particulares, faculdades, universidades, empresas, organizações
governamentais e não-governamentais, dentre outras;
·
Oferta
de espaços alternativos para entrega e retirada das crianças pelos
responsáveis, bem como opção destes de maior contato com os professores na
entrega das crianças nas salas de aula;
“A criança é capaz de apreciar a companhia dos
demais, através de suas experiências da alegria e da liberdade de ação em um
ambiente seguro e sem pressa [...], A criança é protagonista ativa da sua
aprendizagem, a qual é motivada pela sua curiosidade, pela vontade de explorar
e pela alegria da sua autorrealização. [...] Enquanto os educadores interagem,
trocam experiências com as crianças e observam suas atividades, conseguem
entrar no mundo e na forma de pensar da criança. E algo ainda mais importante,
as crianças sentem que suas explorações, suas perguntas, pensamentos e atividades
fazem sentido.”
VI.
ARTICULAÇAO DA GESTÃO DA UNIDADE EDUCACIONAL COM OS ÓRGÃOS AUXILIARES: CONSELHO
DE CEI, ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES.
·
Oportunizar momentos de diálogos e meios de informações para a compreensão das instâncias
colegiadas: Conselho de CEI e A.P.M., disponibilizando, em local acessível a
todos os funcionários da Escola, as pautas das reuniões permitindo a reflexão e
a discussão dos temas abordados com os pares, antes da reunião;
·
Intensificar
o diálogo com a comunidade, despertar no cidadão a consciência crítica e
estimular a participação de todos.
·
Criar
um ambiente propício que estimule trabalhos conjuntos, envolvendo pais, alunos,
professores, funcionários e outras pessoas da comunidade na administração
escolar.
·
Refletir
sobre a prática cotidiana para que as pessoas tenham a oportunidade de elaborar
ideias e atuar de forma consciente.
·
Fixar
a pauta dos assuntos a serem tratados em local acessível a todos os
funcionários da Unidade Educacional, com antecedência, para análise e encaminhamentos
da pauta aos representantes do CEI;
·
Tratar
os conceitos, função das assembleias;
·
Disponibilizar
bilhetes informativos nas agendas dos alunos com as decisões após as
assembleias;
·
Tratar
da importância e fins das Assembleias na 1ª Reunião de Pais e Responsáveis.
VII. FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE EDUCACIONAL: ESPAÇOS, AMBIENTES,
MATERIAIS, TEMPOS E INTERAÇÕES.
O
cotidiano da educação infantil é marcado por interações entre crianças e
adultos, ideias e experiências que acontecem em diferentes ambientes e
momentos, consolidando um fazer pedagógico que deve primar pelo respeito às
infâncias. Nessa perspectiva, as brincadeiras e as interações destacam-se como
eixos curriculares para o planejamento de toda ação pedagógica, referendando as
experiências e a produção das culturas infantis.
Os
ambientes devem promover experiências significativas entre os bebês, crianças e
educadoras e educadores tendo como pressuposto o desenvolvimento da solidariedade,
da justiça, do respeito ao outro, do lúdico, da criatividade, da autonomia e do
imaginário.
A
organização dos tempos na Educação Infantil requer que as educadoras e
educadores componham um coletivo reflexivo para a construção de práticas
temporais que estejam alinhadas à garantia do direito de meninas e meninos
vivenciarem experiências que sejam integradas e que lhes permitam o contato com
diferentes linguagens, desenvolvimento e acolhimento de suas manifestações
expressivas, conhecimento sobre o mundo, as pessoas e o que compõem a vida
humana. Dessa forma, a organização do tempo e dos espaços em nosso CEI,
privilegia as relações com as crianças com a mesma idade e também de faixas
etárias diferentes, suas escolhas e autonomia, acessibilidade aos materiais, o
deslocamento pelas salas e outras dependências.
É a
partir do encontro com o outro, com o meio e das possibilidades que o espaço e
os materiais apresentam que meninos e meninas percebem o outro, o mundo e as
coisas, elaborando suas hipóteses e teorias próprias da primeira infância.
Consideramos que os bebês e as crianças aprendem o tempo todo, com tudo aquilo
que está a sua volta, que a postura ou relação corporal dos adultos ao
interagir com as crianças pode facilitar ou dificultar as aprendizagens,
diálogos e interações sociais. Desta forma, nossa linha de tempo foi
ressignificada, garantindo os espaços externos (parque, solário e quintal)
diariamente às nossas crianças, assim como a importância da
interação dos diferentes agrupamentos
nestes espaços. Todos os espaços do CEI
podem ser considerados como oportunidades de desenvolver ricas experiências
junto às crianças e bebês.
O
planejamento, a seleção e a organização dos brinquedos e materiais, são
fundamentais e fazem parte do compromisso dos educadores e educadoras de
garantir condições para que as crianças se desenvolvam de forma criativa e
prazerosa.
Consideramos como premissa
para o desenvolvimento do trabalho com qualidade, a escolha democrática dos brinquedos e dos
materiais, sua quantidade adequada, durabilidade, variedade (objetos diversos,
papéis, tintas, riscantes, tecidos coloridos, argila, massa para modelagem,
recursos midiáticos, livros infantis, objetos sonoros e instrumentos musicais).
Após estas reflexões
realizadas com o grupo de professoras e coordenação pedagógica, o grupo
produziu o seguinte registro em relação a questão: “Para a qualidade do
trabalho coletivo, o que devemos privilegiar, considerar, proporcionar em
relação à organização”:
Ø Do Tempo: Deve-se pensar no interesse
das crianças e dos bebês nas atividades propostas, ou seja, a rotina deve ser
flexível para atender os interesses dos alunos;
Ø Dos Espaços: As atividades
proporcionadas para as crianças e bebês devem adaptar-se aos espaços do CEI,
porém, os espaços devem ser modificados constantemente ou melhorados, atraindo
assim o interesse de todos e todas;
Ø Das Interações: Durante o planejamento
deve-se pensar e proporcionar atividades que favoreçam as interações entre as
crianças e seus pares, nas faixas-etárias: crianças e crianças e crianças e
adultos.
VIII. QUADROS DE RECURSOS HUMANOS COM CARGOS FUNÇÕES a) Docentes
NOME
|
R.F.
|
CARGO
|
ESCOLARIDADE
|
HORÁRIO TRABALHO
|
|
1
|
622.351.6/1
|
ANA MARIA JANUARIO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
2
|
774.944.9/3
|
BRUNA SOARES PEREIRA BARCELOS
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
3
|
810.692.4/2
|
CARLA CRISTINA
BOTTA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
(contratada)
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
4
|
836.927.5/1
|
CÉLIA MARTINS DA COSTA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
5
|
698.557.2/2
|
CRISTIANE VIEIRA BRITO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
6
|
711.720.5/2
|
CRISTINA SOSSAI
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
7
|
823.446.9/1
|
FLAVIA AP. DE ALMEIDA ALBERTO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
8
|
757.094.5/1
|
IULIANA SUBA DA SILVA ALVES BRASIL TONIOLO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
9
|
674.113.4/3
|
JOSILENE MODESTO DA COSTA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
10
|
822.285.1/1
|
JOSIVANIA ALEXANDRE DA SILVA DOURADO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
11
|
805.529.7/2
|
KELLY APARECIDA DE SOUTO FERREIRA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
12
|
773.252.0/2
|
LUANA MARIN DOS SANTOS
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
13
|
823.453.1/1
|
LUCIMARA DA SILVA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
14
|
609.366.3/1
|
MIRIAN DE PAULA VASCO DOS SANTOS
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
15
|
749.435.1/1
|
NORMA HELENA GUIA PEREIRA DA SILVA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
16
|
814.112.6/2
|
OLGA
MARIA VIEIRA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
(contratada)
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
17
|
781.629.4/2
|
PAOLA XAVIER BAPTISTA SANTOS
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
18
|
818.102.1/1
|
PATRICIA CORREA SANTOS
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
19
|
781.549.2/2
|
POLIANA DA SILVA MARTINS
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
20
|
818.057.1/1
|
PRISCILA ALVES SILVA MORAES
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
21
|
815.823.1/1
|
PRISCILA LUZIA LEITE SOUZA OLIVEIRA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
22
|
743.953.9/1
|
REGINA APARECIDA GERALDO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
23
|
556.151.5/2
|
ROSANGELA
LIMA LEITE
CAMILO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
24
|
730.313.1/3
|
SHIRLEY REGINA BALAZS CARNEIRO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
25
|
744.863.5/1
|
THAIS DE MELO GONZALES
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
26
|
817.066.5/1
|
VALERIA AFO NAVARRO NASCIMENTO
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
27
|
836.957.7/1
|
VALERIA REGINA ANDREOTTI
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
28
|
807.357.1/1
|
VANDERSON TEODORO DA SILVA
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
07h00 às 13h00
|
29
|
724.553.0/2
|
VANESSA MARASSATTI
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
30
|
823.359.4/1
|
WANDERLY GARCIA BARUEL
|
PROF. DE ED. INFANTIL
|
SUPERIOR
|
13h00 às 19h00
|
b)
Equipe de Apoio
NOME
|
R.F.
|
CARGO
|
ESCOLARIDADE
|
|
01
|
GEISA MARIA GOMES DA CUNHA MENDES
|
516.000.6/3
|
A.T.E I
|
SUPERIOR
|
02
|
ÁLICE MICHELE DA C. AGUIAR
|
774.715.2/1
|
A.T.E I
|
SUPERIOR
|
03
|
JOÃO ROQUE COELHO
|
738.843.8/2
|
A.T.E I
|
SUPERIOR
|
04
|
MARIA VILMA SILVA SOUZA
|
775.08970/1
|
A.T.E I
|
SUPERIOR
|
05
|
FABIANA BERALDO
|
781.460.7/1
|
ATE I
|
ENSINO MÉDIO
|
05
|
MARIA LUCIVANDA CARVALHO DE ALMEIDA
|
713.085.61/2
|
AGENTE ESCOLAR
|
ENSINO MÉDIO
|
06
|
RENATA MOREIRA DE SOUZA
|
681.710.6/1
|
AGENTE ESCOLAR
|
ENSINO MÉDIO
|
08
|
CLAUDIA C. CAETANO
|
713.613.7/1
|
AGENTE ESCOLAR
|
SUPERIOR CURSANDO
|
09
|
ADINAYDE DO NASCIMENTO
|
579.540.1/2
|
AGENTE DE APOIO
|
ENSINO MÉDIO
|
10
|
MARIA ALICE PEREIRA
|
612.394.5/2
|
AGENTE DE APOIO
|
ENSINO MÉDIO
|
11
|
MARCOS PAULO DIAS
|
504.052.3/2
|
AGENTE DE APOIO VIGIA
|
ENSINO FUNDAMENTAL II
INCOMPLETO
|
12
|
SEBASTIÃO JOSE BATISTA
|
698.051.1/1
|
AGENTE DE APOIO VIGIA
|
ENSINO MÉDIO
|
b) Equipe Gestora
CARGO
|
NOME
|
CATEGORIA
|
RF
|
Diretor de Escola
|
VANESSA MENDES
|
Efetivo
|
694.422.1/3
|
Assistente de Diretor de Escola
|
ROSANGELA
BALLARIS
|
Efetivo
|
675.866.5/1
|
Coordenador Pedagógico
|
CYRA CRISTINA CACAU FERRO
|
Efetivo
|
591.128./2
|
IX.
PARCERIA DA UNIDADE EDUCACIONAL COM AS FAMÍLIAS
Para este ano de 2017,
em relação ao atendimento às famílias, na entrada das crianças e bebês, as
famílias/ responsáveis que desejarem, continuarão levando as crianças até as
suas respectivas salas, pois sabemos que é necessário oferecer espaços
produtores de participação, diálogo e escuta cotidiana entre família e
educadores, fortalecendo vínculos que serão construídos entre todos. Além
disso, é imprescindível a relação efetiva com a comunidade local e a
constituição de mecanismos que garantam a gestão democrática e a consideração
dos saberes da comunidade, considerando as suas diferenças culturais,
especificidades limites e possibilidades. Para tanto, é preciso a presença de
educadores respeitosos, afetuosos, curiosos e interessados e que atuem como
observadores participativos.
Tencionamos
preparar uma Festa Regional junto às crianças no mês de junho para que estas e
suas famílias apreciem e participem do trabalho pedagógico desenvolvido no CEI,
oportunizando uma das comemorações ao Dia da Família, proposto em calendário e dar
continuidade ao Projeto de Empréstimo de Livros a partir do mês de abril, após
a primeira reunião de Pais e mestres, quando apresentaremos o Projeto às
famílias de nosso alunos.
A escola dispõe de
um blog que traz um recorte das vivências infantis no cotidiano do CEI, através
de vídeos, fotos, textos, projetos, além de textos informativos, pautas de
reuniões e o próprio Projeto Político – Pedagógico. As reuniões de educadores e
responsáveis são bimestrais e programadas em Calendário Escolar, sem suspensão
de atividades, oferecidas em dois horários, às 7h00 e às 18h00, a fim de
possibilitar maior participação e acolhimento das famílias.
As Reuniões de
Conselho de CEI e APM, também previstas em Calendário, são oferecidas em
horários alternados (horário do almoço e final de período) e com convocações prévias.
X. Proposta Curricular e as Práticas
Pedagógicas.
Resolução CNE/CEB
nº 5/,- Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil.
As Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil aponta que a proposta pedagógica das instituições de
Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos
de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de
diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à
confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação
com outras crianças.
Essas e outras “linguagens” (já que
“as crianças tem múltiplas linguagens já comentadas por Malaguzzi, e traduzidas
no Livro “As cem linguagens da Criança” (Edwards, Gandini e Formam, 1999) são
consideradas em nosso currículo e inclusas na rotina das crianças de diversas
formas.
Na nossa proposta curricular temos em
vista também a formação do professor da primeira infância considerando a
importância da reflexão sobre a própria prática com vistas ao seu
aprimoramento.
Um
currículo expressa uma concepção do que é conhecimento e uma concepção do
processo educacional enquanto espaço de intercâmbio vital e cultural, de
pesquisa e também de aperfeiçoamento dos professores. (RICHTER; BARBOSA, 2010)
As Diretrizes Curriculares Nacionais
da Educação Infantil evidenciam também, que as instituições de educação
infantil devem cumprir suas funções para garantir o bem-estar das crianças, das
famílias e dos profissionais: a função social, política e pedagógica.
Temos como pressupostos que o espaço
do CEI deve acolher às famílias e às crianças em sua integralidade. Neste
sentido, avaliamos, assim como propõe este documento, que a nossa escola tem um
importante papel na construção de valores e no aprendizado do convívio com as
diferentes culturas além de ser um lugar privilegiado de convivência entre
crianças e adultos.
Assim, como um currículo vivo e em
movimento, os conteúdos a serem construídos que envolvem as várias linguagens
da criança, está alicerçado nas práticas destas mesmas crianças em sua
comunidade, nas suas relações familiares, sem perder de vista que estas fazem
parte de uma determinada realidade social e cultural.
Os Indicadores de qualidade da
educação infantil paulistana salientam que:
Bebês
e crianças têm seu jeito próprio de ver o mundo, seus choros, seus olhares,
suas hipóteses, culturas e brincadeiras. São cheios de movimento e histórias,
relacionam-se com o tempo de uma forma diferente, já que conseguem viver
intensamente cada minuto criando, explicando, imaginando, sonhando e,
sobretudo, brincando. (SÃO PAULO, 2012, p. 63).
Partindo destes pressupostos, pensamos
coletivamente numa nova forma de planejar as ações para e com as crianças
considerando e tendo como nosso FOCO DO PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO:
·
A
relação intrínseca entre cuidar/educar;
·
O
brincar e as relações como papeis centrais no processo de aprendizagem;
·
A
voz da criança como fundamento na organização e condução da proposta
pedagógica;
·
O
percurso educativo e as vivências lúdicas através da Pedagogia de Projetos de Trabalho e contextualizados nos
Planejamentos Semanais por meio das diferentes linguagens;
·
O
contexto lúdico e dinâmico organizado para que os desejos e necessidades de
bebês e crianças sejam garantidos considerando os eixos tempos, espaços e
materiais;
·
A
valorização das culturas infantis e de sua família;.
·
Desvincular
valores intrínsecos da sociedade e da mídia, garantindo o papel social,
político e laico que a escola tem o dever de oferecer;
·
Valorização
e respeito de todos os profissionais direta e indiretamente responsáveis pelos
bebês e crianças, no aspecto relacional “horizontal e democrático;”
Dando continuidade a nossa Proposta
Pedagógica e atendendo DECRETO Nº 56.669/2015 que trata sobre o planejamento de
ações que deverão ser inclusas no PPP, para conscientização e esclarecimento
dos educandos e comunidade sobre as doenças transmitidas pelo “Aedes Aegypti” (dengue,
febre de chikungunya e febre pelo vírus zika), a escola deverá continuar, de
forma bem expressiva, a vistoria regular de todas as áreas externas e internas
da edificação para verificar a presença de recipientes, ou qualquer outra
situação de risco que possam servir de criadouro para o mosquito, tomando todas
as devidas providências. Nas conversas rotineiras com as crianças acima de 3
anos, o assunto sobre prevenção e cuidados estarão presentes. A escola também
continuará disponibilizando cartazes informativos recebidos pela Secretaria
Municipal de Saúde, pelos diversos espaços da instituição para funcionários e
comunidade.
Para finalizar, porém não encerrarmos
a discussão, é importante destacar mais uma vez que uma característica
fundamental no nosso currículo é pensar a relação dialogal
adulto/criança/criança. E, pensar a educação como diálogo, assim como nos
aponta FREIRE(1999), implica revertermos uma lógica hierárquica perversa que
torna os bebês e as crianças pequenas invisíveis em uma sociedade
adultocentrada e numa mídia com forte impacto social sob a escola.
XI. FUNCIONAMENTO
DA UNIDADE EDUCACIONAL REFERENTE:
a)
Calendário de atividades
b) Agrupamentos de
bebes e crianças:
Segundo
o Art. 21 da Portaria 6123/14 – SME DE 20 DE OUTUBRO DE 2014:
A
formação dos agrupamentos nos CEIs / Creches e no CEMEI deverá observar a
seguinte proporção adulto/criança:
II -
Berçário II - 9 crianças / 1 educador;
III
- Mini – Grupo I – 9 crianças / 1 educador;
IV -
Mini – Grupo II - 18 crianças / 1 educador.
V - Mini
– Grupo II - 25 crianças / 1 educador.
Nossos agrupamentos respeitam a metragem das salas
e suas respectivas quantidades são de acordo com estas metragens:
AGRUPAMENTOS
|
QUANTIDADE
|
PERÍODO DE ATENDIMENTO
|
BERÇÁRIO II A
|
09
|
INTEGRAL
|
BERÇÁRIO II B
|
09
|
INTEGRAL
|
BERÇÁRIO II C
|
09
|
INTEGRAL
|
MINI-GRUPO I A
|
09
|
INTEGRAL
|
MINI-GRUPO I B
|
09
|
INTEGRAL
|
MINI-GRUPO I C
|
09
|
INTEGRAL
|
MINI-GRUPO I D
|
09
|
INTEGRAL
|
MINI-GRUPO I E
|
09
|
INTEGRAL
|
MINI-GRUPO I F
|
09
|
INTEGRAL
|
MINI-GRUPO II A
|
25
|
INTEGRAL
|
MINI- GRUPO II B
|
25
|
INTEGRAL
|
MINI-GRUPO II C
|
25
|
INTEGRAL
|
XII. AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM E DO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS OBSERVANDO AS RECOMENDAÇÕES CONTIDAS NA INDICAÇÃO CME Nº 17/13 E NA ORIENTAÇÃO NORMATIVA 01/13- “AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRIMORANDO OLHARES”, CONTENDO:
a) Descrição das formas e dos instrumentos de registro que
compõe a documentação pedagógica utilizada pela Unidade Educacional.
Nos termos do artigo 31, da LDB “A
educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I – avaliação mediante acompanhamento
e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo
para o acesso ao ensino fundamental; (g.n.)
........
........
IV – controle de frequência pela
instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60%
(sessenta por cento) do total de horas;
ORIENTAÇÃO
NORMATIVA Nº 01/13
(...)
V – expedição de documentação que
permita testar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil – DCNEI, fixadas pela Resolução CNE/CEB nº 05/09, ratificam
os dispositivos da LDB e orientam que a avaliação deve ser compreendida como parte
do trabalho pedagógico, sem o objetivo de promoção ou classificação. Assim, se
torna fundamental o hábito de registrar o processo vivido pelas crianças por
meio de múltiplos instrumentos. O artigo 10 da mesma Resolução, assim
determina: “As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para
acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das
crianças, sem o objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:
I – a observação crítica e criativa
das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano;
II - utilização de múltiplos registros
realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns
etc.);
III – a continuidade dos processos de
aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes
momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de
Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição
creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental);
IV - documentação específica que permita às
famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil.
V – a não retenção das crianças na Educação Infantil.
Nesse sentido, as observações e
registros devem ser contextualizados, isto é, tomando as crianças concretas, em
suas histórias de vida, seus ambientes sociais e culturais e co-construtoras de
um processo dinâmico e complexo de desenvolvimento pessoal e social. Variados
devem ser os registros, tais como a escrita, a gravação de falas, diálogos,
fotografias, vídeos, os trabalhos das crianças, etc.
Ao final de cada semestre, com base em
todos os registros realizados no decorrer do período, o professor irá elaborar
os relatórios descritivos com a finalidade de resguardar os registros
elaborados pelas educadoras resultantes das observações das crianças e analisar o trabalho como um todo, nas suas
diferentes dimensões.
Ainda é um desafio a questão do que
priorizar frente a tantas experiências que as crianças nos convidam a observar
e assim, construir registros reais e ricos na contação da história do processo
de desenvolvimento e aprendizagem das crianças no CEI, portanto, nosso
instrumento de planejamento semanal, traz questões pontuais sobre a observação
das crianças e já oferece subsídios para compor os registros avaliativos dos
bebês e crianças, estes realizados semestralmente, sendo um relatório de grupo
e um individual. Estas questões são respondidas pelas educadoras e
compartilhadas no PEA junto à Coordenação Pedagógica, também na tentativa de
afinarmos concepções, entender o característico e singular meio de aprender das
crianças, refletir e principalmente (RE)planejar ações para qualificar este atendimento.
Sabemos que há muitas dificuldades em
compor estes registros devido a pouco tempo para o professor produzi-los,
entendimento de concepção de criança e infâncias, o foco no que observar e
realizar registros, entre tantos outros desafios, mas estamos nos organizando e no processo
inicial de construção de uma Documentação Pedagógica que esteja intimamente ligada à prática da avaliação na
Educação Infantil.
Os Relatórios de Avaliação, tanto de
grupo quanto os individuais, são compartilhados nas reuniões de responsáveis,
estes tomam ciência do documento que será encaminhado para os próximos
professores da criança no ano seguinte. Caso a criança vá para a EMEI, este
relatório é enviado para a instituição via carga.
Ainda não é prática comum recebermos
de outras instituições (conveniadas, indiretas) os relatórios das crianças que
foram atendidas por elas para que possamos encaminhar para os seus respectivos
professores que a atenderão.
XIII. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EM CONFORMIDADE COM AS RECOMENDAÇÃO CONTIDAS
NOS INDICADORES DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL- MEC, INDICAÇÃO CME Nº 17/13,
NA ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 1/13 E NOS
INDICADORES DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL PAULISTANA.
INDICADORES DE
QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL PAULISTANA 2017
Com data prevista em calendário para
acontecer no dia 15 de Maio de 2017, e concretizada em 30 de Junho com o Plano
de Ação, atentaremos às considerações da comunidade escolar e todos os
funcionários do CEI para promover a qualidade em nossa realidade escola,
adequando as necessidades às possibilidades, em seus tempos, contando com os
recursos financeiros próprios, municipais e federais, bem como os recursos
humanos e materiais que dispomos ou que teremos acesso.
XIV.
Formação continuada envolvendo todos (as) educadores (as).
A formação deve partir do estudo da
psicologia do desenvolvimento infantil, o que é característico daquela faixa
etária, como trabalhar a construção de relações democráticas nas diversas
relações que a criança estabelece. Muitas vezes não temos esta base, ficando
muito difícil esta construção e ressignificação de saberes dentro da escola,
apenas no PEA. Precisamos ver mais o conjunto do CEI e problematizar as práticas,
partir do que acontece no real!
Também pensamos que é necessária e
fundamental uma formação e acompanhamento da Supervisão Escolar no que
realmente acontece no dia-a-dia da escola na esfera pedagógica e não somente
nas questões deliberativas e burocráticas que muitas vezes, acabam sendo estas
as principais demandas que atendem os supervisores, devido as várias escolas
que estes são responsáveis, ficando a formação a cargo apenas do CP e das
poucas formações que a rede oferece.
Segundo Pinazza, as formações precisam
ser trabalhadas a partir da demanda interna e não de assuntos “que estão na
moda” e /ou que precisam ser estudados porque determinam tais documentos municipais,
estaduais, federais, esta demanda externa precisa ser traduzida em interna,
pois só haverá impacto sobre os conceitos que os professores trazem, se
partirmos da criança que atendemos, da realidade que temos naquela instituição,
do âmbito do grupo, do que já fizemos em relação a tal assunto que estamos
estudando.
Com base neste panorama, além das
professoras, em todas as reuniões que fazemos em nosso CEI, todos e todas
(funcionários (as) diretos da RME e às vezes, quando possível, os das empresas
terceirizadas, pois nem sempre eles estão disponíveis para deixarem seus postos
de trabalho) são convidados a participar das formações, das diversas reuniões, pois
sabemos que o cotidiano é marcado por interações entre crianças e adultos e da
importância da sensibilidade e disponibilidade às culturas infantis, respeito e
acolhimento que precisamos estabelecer com estes e suas famílias.
Outra questão importante que acaba
dificultando a qualidade das formações nos CEIs, são os curtos momentos de PEA,
3 (três) dias na semana e com 1 hora de duração, as vezes menos porque o
professor está finalizando a organização da sua sala, ainda com crianças cujo
seu responsável não veio buscar, entre outras situações e ainda há uma grande
demanda de “assuntos emergenciais” que conflitam e disputam com os assuntos
formativos, além do coordenador atender grupos de professores, familiares e também
crianças. Como já foi apontado, também não há um espaço adequado apara
acontecer este momento de formação.
Sabemos da importância extrema da reflexão
sobre a ação, por meio da relação da prática com a teoria de todos os
envolvidos no currículo e é uma possibilidade de fortalecimento do Projeto
Político - Pedagógico e da identidade do nosso CEI, porém é um eterno desafio
que inicia nos cursos de graduação, nas formações da RME, DRE e acabam
refletindo nas práticas inseridas nas instituições.
Vale salientar também que, além do
PEA, as horas individuais, as Reuniões Pedagógicas e demais momentos formativos
fazem parte da Formação Continuada.
XV. FORMAS
DE ARTICULAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO INFANTIL E O ENSINO FUNDAMENTAL.
Segundo o documento Currículo
Integrador da Infância Paulistana:
Um
currículo integrador supera a cisão interna na Educação Infantil (CEI e EMEI) e
desta com o Ensino Fundamental quando promove a passagem das crianças por essas
etapas como uma continuidade. Isso exige uma articulação entre as Unidades
Educacionais. (PMSP, 2015).
Nossas crianças saem do CEI e vão para
as EMEIs do entorno e portanto, julgamos
como imprescindível essa integração com as EMEIs. Estamos localizados exatamente
ao lado da EMEI Presidente Jânio Quadros, os nossos parques são divididos pela
mesma parede, e tencionamos estudar formas de integração entre as crianças das
duas instituições e por que não, entre todos os funcionários? Há alguns anos
esta integração entre CEI e EMEI acontecia, porém, com a mudança de quadro de
funcionários das duas escolas, foi-se perdendo o movimento.
Seria interessante este envolvimento e
participação coletiva nas Reuniões Pedagógicas, eventos, reuniões do PEA e
demais outras oportunidades que sejam possíveis e de consentimento de todos.
Agendaremos uma reunião com a equipe
gestora, principalmente com a coordenação, a fim de pensarmos sobre as possibilidades.
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